sexta-feira, 29 de abril de 2011

É como se isso me cortasse por dentro, sei lá, mas é, é isso mesmo. Como eu pude ter feito isso com a garota que eu gostava, e que talvez me fizesse feliz? Não tem como porra, os pais dela não me aceitam, o que será que eu fiz com eles, ou com a filha deles, ou contra qualquer outra pessoa? Eu vou tentar saber o que foi que fiz, eu vou. O porque que a menina está de castigo, o porque que ela ta sem internet, sem TV, sem celular, o porque ela está sem nada, por minha causa, é, por causa de mim mesmo. Eu sou o culpado, agora porque eu cara? Eu não sou nada, nem ninguém, e porque acontece isso comigo? Um romance proibido, parece até história de filme não é? Mas não é, é história real. Ah como eu queria ter ela só pra mim, e tenho certeza que ela me queria só pra ela, mas não tem como, os pais dela não deixam ela ser minha, talvez eles tenham tudo contra mim e eu não sei, e se tiverem, eu não sei o motivo. Talvez seja porque eu sou um simples garoto, sem nada mesmo, foi por isso que a primeira garota que eu gostei me trocou pelo dinheiro, e essa os pais delas não deixam, porque eu sou um simples garoto, talvez revoltado, que sente vontade de furar a orelha, que manda todo mundo ir se foder entre outras coisas, mas não vem ao caso. Poxa cara, eu estou triste, e sei que estou triste, e talvez ela esteja muito mais triste do que eu. Uma das muitas  coisas que são horríveis, é quando você vira a fonte de sofrimento da garota que você gosta, cara, não tem explicação, mas é a vida né. Isso te consome por dentro, eu não tenho mas vontade nenhuma, nem mesmo de escrever umas rimas loucas e cantar no banheiro imaginando que to fazendo um show e a galera com a mão pra cima. Talvez eles pensem que nem meus pais, pensem que eu não sou ninguém, que eu não quero nada na vida, ou que eu sou vagabundo. Mas é, eu não quero entrar na universidade eu só quero, sei lá, fazer um show, a galera gritando meu nome, entrevistas, declarações, prêmios e gratificações, revolucionar talvez, é isso que eu quero. Eu uso camisa grande, gosto de bandana, de toca, de corrente, de pulseira, brinco, calça caída, de tênis de skatista e tudo do tipo. Será que é por  isso? Pode ser, mas foda-se, eu só queria fazê-la feliz, e não consegui. Pais da menina, eu gostava dela, gostava dela do meu jeito, e vocês não conseguiram ver isso, e agora botam a menina de castigo e a porra toda. Mas eu entendo, se é isso que vocês querem, talvez seja  isso que terão. Talvez eu me afaste da sua filha, e tudo vai estar resolvido, aí quando isso  acontecer, ela talvez arrume um cara que não esteja nem aí pra ela, que a faça sofrer, e vocês vão se arrepender quando virem ela sentada, no canto do quarto chorando, e escrevendo a porra do meu nome em um caderno. Vão se arrepnder de  tudo que falaram. Talvez ela tenha até chorando já escondida, pode ser até agora, enquanto eu escrevo esse texto. E isso me afeta também seus ignorantes, eu posso não ser o cara que vocês acham que é perfeito para sua filha, mas com certeza ela me merecia. Porém, eu sou a porra de merda nos seus olhos. Tentem ver o que existe através dos meus palavrões e de tudo parecido, através das minhas roupas de louco, porque sim, eu já fui chamado de louco. Talvez agora o notebook dê um curto-circuito. Caiu água nele, uma água pura e sincera, não foi água benta, mas foi sincera... Foi uma lágrima, mas ignorem. Hoje a tarde, eu vou conversar com sua filha. Esta tarde. Você parecia tão triste quando me olhou, era como se algo tivesse se destruindo. Relaxe bebê, me conte amor, o que está acontecendo? Me fale sobre tal. Desculpa se eu te fiz sofrer. Mas foi como um sonho está ao seu lado, e saiba que eu sempre vou estar aqui, não sei o que foi que falaram pra você, mas eu ainda sou aquele mesmo doidinho que gosta de você, que quase toda vez te faz rir, e coisas do tipo. E que da vez que eu sonhei com você foi muito  massa, eu gostei. Talvez não seja o fim, podemos ficar, repetir os beijos e olhares. Mas sim, eu vou estar aqui mesmo, para o que der e vier. Ontem eu não tinha certeza, mas hoje eu tenho, eu te amo. (Lucas P. Branco)

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