Eu escrevo. Eu escrevo sobre os meus sentimentos, sobre o que eu vivi, sobre os meus traumas, os meus medos… Eu escrevo pra mim, escrevo pra você, escrevo pra quem eu nem conheço. Eu escrevo. Escrevo pra guardar as lembranças de modo que eu nunca as esqueça, mesmo que se passem dias, meses, anos, ou uma vida inteira. Escrevo pra não chorar, pra me salvar, pra tentar amenizar a dor que eu sinto e deixar tudo mais bonito. Escrevo pra me refugiar, ou simplesmente pra contar como foi meu dia. Escrevo, muitas vezes, pra dividir com quem lê o turbilhão de emoções que já não cabem mais em mim e, por isso, imploram por corações dispostos a abrigá-los. Escrevo porque me sinto bem. Alguns textos ficam guardados só pra mim, esperando a hora certa de serem revelados. Esperando aquela batida mais forte no coração, dizendo que é a hora de mostrá-los. Mas e se não tiver hora certa? E se a hora certa for exatamente agora? Se eu deixar passar, terei outra chance? Quando é a hora certa? Talvez eu mesma seja a responsável pela hora certa das coisas… Faz sentido, não? Então me diga, se a hora fosse agora, o que você faria?