quinta-feira, 28 de outubro de 2010


Sabe Lu, eu me lembrei de mim quando eu vi você naquela situação triste. Eu sei como é isso, sei como você esta exatamente se sentindo. Dói muito né? Dói saber que uma pessoa que você sempre amou de uma hora pra outra foi embora, que agora tudo que vocês viveram juntas não passa de lembranças, bons momentos... E que momentos maravilhosos. Sabe, o meu caso foi mais leve eu acho. Por mais que ela tenha partido, tenha me deixado, por mais que eu tenha tido vontade de sumir, de não olhar mais pra ninguém... Isso passa, tenha certeza. Eu acredito, sinceramente, que hoje minha avó possa estar num lugar bem melhor que este aqui, sei que onde ela estiver estar me observando, me guiando pelo melhor caminho, e sempre, sempre do meu lado. E sei que a sua também estar... Todos sempre vão para um lugar melhor que esse. Sentir falta é normal, não expressa-lá também. No meu caso eu preferir sofrer essa dor sozinha, não queria compartilhar, mesmo que com minhas amigas, aquela dor que nunca iria se curar dentro de mim. Hoje eu escrevo, pois era uma coisa que ela gostava muito, eu falo demais por que ela sempre falou demais, e eu amo por impulso e intensamente por que ela era assim. Quando te vi lá Lu, eu não conseguir fazer outra coisa a não ser te abraçar, por que era isso que os outros faziam comigo, e, quando eu fiz isso vi como era difícil estar ao lado tanto como amiga, ou no seu caso como lutadora. Isso, lutadora. É isso que nos nós tornamos quando perdemos uma pessoa amada. Temos que recomeçar a lutar para recuperar a felicidade que, por um momento, nos tornou mais triste que em qualquer outro momento da nossa vida. Temos que voltar a ser alegres mesmo não querendo, temos que seguir em frente mesmo achando isso errado. Temos, é nosso destino, é o que elas iriam querer pra gente. E, independente de pra onde ela tenha ido, de que “espaço reservado” tenham colocado ela, isso não importa. O que importa é que sempre Lu, sempre que você olhar para as nuvens você poderá ver - lá ali, olhando pra você. Quando sentir o vento poderá por muitas vezes sentir o seu perfume no ar, e, quando vir às estrelas nunca ira esquecer os brilhos dos olhos dela sempre que falava e olhava pra você. E sabe como eu sei disso tudo? Por que foi assim comigo, desse mesmo jeito. A minha avó adorava olhar para o céu, adorava ver as estrelas. E ate hoje eu faço isso, pois sei que cada vez que eu paro e penso nela, é por que em algum lugar ela também estar pensando em mim. É o que eu sinto, o que eu acho. E como diz Heloise: Ah que nostalgia.


                              Nayara Katheryne

1 comentários:

Luana Nóbrega , disse...

MINHA COISA LINDA DOS OLHOS BRILHANTES . muito obrigada pelas suas palavras . :)

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